DR. NECHAR - O BRASIL TEM CURA: maio 2010

EXTORSÃO

PF Prende Proprietário do Jornal Atualidades

22/05/2010

O diretor presidente do Jornal Atualidades, Maurício Machado, também conhecido como Palhinha, foi preso em flagrante na tarde de ontem por policiais federais acusado de extorsão e ameaças contra o deputado federal Sérgio Nechar (PP-SP). O empresário exigia dinheiro e bens para publicar matérias favoráveis sobre o político.

De acordo com o delegado chefe da Polícia Federal (PF) de Marília, Anilton Roberto Turíbio, no início de maio, o deputado federal denunciou que vinha sofrendo extorsões e ameaças de Machado. O acusado teria exigido R$ 15 mil em dinheiro, carro, aluguel de prédio, custeio da impressão do jornal e contratação de jornalista.

“Recebemos a denúncia do deputado no dia 5 de maio e imediatamente iniciamos uma investigação. O parlamentar nos apresentou diversas provas do crime contra o proprietário de um pequeno jornal da cidade. O acusado levava bonecos do periódico até o escritório de Nechar e ameaçava publicação caso as suas exigências não fossem atendidas”, disse o delegado.

Na tarde de ontem, por volta das 17 horas, Machado foi até o escritório político de Nechar e quando recebia o dinheiro foi preso por policiais federais. Áudios e imagens gravadas pelo político também comprovaram a extorsão e até ameaças físicas contra o parlamentar e sua família.

“Em um dos trechos apresentados aqui na delegacia, o acusado afirma que conhecia bandidos e que a situação se complicaria caso não cedesse as chantagens. Ele foi flagrado em uma das salas com dinheiro em suas mãos”, afirmou o delegado.

Segundo o deputado federal, as ameaças tiveram início há dois meses quando o parlamentar cancelou contratos de publicidade com o periódico. Nas últimas três edições do Jornal Atualidades, o Palhinha publicou matérias caluniosas denegrindo a carreira do político.

“Tudo começou quando deixamos de liberar verba publicitária para divulgação de matérias do meu trabalho em seu jornal. Ele publicou material calunioso afirmando que uma operadora de saúde que colaborou em minha campanha estava descontente com o meu trabalho e agora iria mexer com a parte religiosa da minha família. Esse homem chegou a descobrir o valor de um contrato que fiz com outra empresa de comunicação e passou a exigir o mesmo montante. Precisei ter muita coragem para denunciar todo esse esquema criminoso”, disse o deputado.

Após ser preso, Machado prestou depoimentos por várias horas na sede da PF em Marília e no final da noite, por volta das 23 horas, foi encaminhado para a cadeia de Garça. O empresário foi autuado em flagrante pelos crimes de extorsão, calúnia, difamação e ameaça. Em caso de condenação, ele pode pegar uma pena superior a cinco anos de prisão em regime fechado.

Fonte: matéria veículada no Jornal da Manhã de Marília

http://www.jornaldamanhamarilia.com.br/noticia/3267/PF-prende-proprietario-do-Jornal-Atualidades/

Dr. Nechar, Deputado Federal -PV, é integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, que está analisando e deve enviar relatório à ONU -Organização das Nações Unidas, sobre a morte do menor Carlos Rodrigues Junior, 15, o Juninho.

O menor, suspeito de roubar motocicleta, foi morto por policiais militares dia 15 de dezembro com pelo menos 30 choques durante blitz policial. Os deputados, Dr. Nechar, Janete Pietá e Paulo Teixeira, ambos do PT, estiveram, dia 22/12/2007, em Bauru, conversando com autoridades, Comando da PM, OAB além de visitarem a família do rapaz.

Segundo o deputado, o crime de tortura é intolerável e deve ser punido rigorosamente.

Deputados devem encaminhar ainda esta semana o relatório para a ONU. “É um crime bárbaro, que precisa ter seus responsáveis punidos”, disse o Dr. Nechar. Entretanto, ele ressalta que a morte do rapaz foi “uma fatalidade” diante do método utilizado. “Aqueles eletrochoques não matam ninguém, a não ser quando aplicados numa posição específica e que foi acidental, acredito. Ao tocar o fio na pele, coincidentemente atingiu a área cardíaca e provocou uma parada”, disse. O caso ganhou repercussão nacional e os seis policiais militares envolvidos continuam presos no Presídio Militar Romão Gomes, na capital.

Na visita a Bauru, eles conversaram com Daniel e Deise Rodrigues, irmãos de Juninho. A mãe e a outra irmã haviam saído da cidade. Deise, irmã de Juninho, não imaginava que os políticos de Brasília acompanhariam o caso tão de perto. “Nunca pensei que tanta gente se comoveria, em Bauru muitos casos são arquivados. Com a visita deles, vai caminhar mais rápido e não vai cair no esquecimento”, disse.

Antes de ir ao Mary Dota (bairro), os deputados participaram de uma reunião de mais de duas horas, a portas fechadas, com os comandos das polícias Militar e Civil, IML (Instituto Médico Legal) e OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, que sediou o encontro.

Num intervalo para atender a imprensa, o deputado disse que o grupo apura se o caso é isolado ou se são freqüentes ações deste tipo. “Mesmo a morte sendo uma fatalidade, o caso é inadmissível e precisa ser apurado com rigor. O que queremos saber é se foi um caso isolado ou o uso destes métodos é corriqueiro”, disse Nechar.

Fonte: Site Oficial do Deputado