
Dr. Nechar, Deputado Federal -PV, é integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, que está analisando e deve enviar relatório à ONU -Organização das Nações Unidas, sobre a morte do menor Carlos Rodrigues Junior, 15, o Juninho.
O menor, suspeito de roubar motocicleta, foi morto por policiais militares dia 15 de dezembro com pelo menos 30 choques durante blitz policial. Os deputados, Dr. Nechar, Janete Pietá e Paulo Teixeira, ambos do PT, estiveram, dia 22/12/2007, em Bauru, conversando com autoridades, Comando da PM, OAB além de visitarem a família do rapaz.
Segundo o deputado, o crime de tortura é intolerável e deve ser punido rigorosamente.
Deputados devem encaminhar ainda esta semana o relatório para a ONU. “É um crime bárbaro, que precisa ter seus responsáveis punidos”, disse o Dr. Nechar. Entretanto, ele ressalta que a morte do rapaz foi “uma fatalidade” diante do método utilizado. “Aqueles eletrochoques não matam ninguém, a não ser quando aplicados numa posição específica e que foi acidental, acredito. Ao tocar o fio na pele, coincidentemente atingiu a área cardíaca e provocou uma parada”, disse. O caso ganhou repercussão nacional e os seis policiais militares envolvidos continuam presos no Presídio Militar Romão Gomes, na capital.
Na visita a Bauru, eles conversaram com Daniel e Deise Rodrigues, irmãos de Juninho. A mãe e a outra irmã haviam saído da cidade. Deise, irmã de Juninho, não imaginava que os políticos de Brasília acompanhariam o caso tão de perto. “Nunca pensei que tanta gente se comoveria, em Bauru muitos casos são arquivados. Com a visita deles, vai caminhar mais rápido e não vai cair no esquecimento”, disse.
Antes de ir ao Mary Dota (bairro), os deputados participaram de uma reunião de mais de duas horas, a portas fechadas, com os comandos das polícias Militar e Civil, IML (Instituto Médico Legal) e OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, que sediou o encontro.
Num intervalo para atender a imprensa, o deputado disse que o grupo apura se o caso é isolado ou se são freqüentes ações deste tipo. “Mesmo a morte sendo uma fatalidade, o caso é inadmissível e precisa ser apurado com rigor. O que queremos saber é se foi um caso isolado ou o uso destes métodos é corriqueiro”, disse Nechar.
Fonte: Site Oficial do Deputado
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